25/07/2021

Regime cubano prova: O comunismo é perverso por natureza

Infelizmente, por enquanto ao menos, tudo indica que eu estava certo em meu pessimismo. A radiosa manifestação do povo cubano por Pátria y Vida, por democracia e por liberdade, tornou-se objeto de fortíssima repressão e o povo foi reduzido ao silêncio. A onipotência e a brutalidade do regime não aceita contestação. Quem diverge do partido comunista comete crime hediondo...
Condenações relâmpagos, condenações coletivas, impotência do direito de defesa e greve de fome têm constituído o quadro cubano nestes últimos dias. A caneta pesada do poder intimida! Saber que um contingente nunca revelado de cidadãos está preso incomunicável (ou é formado por desaparecidos, como clamam suas famílias) é parte do arsenal repressivo do sistema contra um povo desarmado.
Na Cuba da maldita revolução, a polícia e o aparelho judicial são formados por ovelhas no rebanho do partido e ursos selvagens contra a população desarmada. Não se diga diferente dos meios de comunicação. Todos, sem exceção, servem à propaganda do regime. Abordo isso longamente no meu livro A tragédia da Utopia.
Uma situação assim, bizarra, repugnante perante qualquer consciência bem formada, é aplaudida e tem merecido nestes dias renovadas manifestações de apoio companheiros daqui. Entre eles Lula, essa alma pura, sem pecado, e assim declarada por um STF que, teimosamente, me faz lembrar dos tribunais cubanos.
Em um artigo de CubaNet publicado nesta sexta-feira (23/07), o advogado Roberto Jesús Quiñones diz:
“Aqueles que exercemos advocacia em Cuba e estivemos presos, conhecemos outra realidade bem diferente (daquela dos noticiários oficialistas). A carência de tribunais independentes é uma exigência que desprestigia a administração cubana da justiça, ainda que persista a tendência da mídia local de nos apresentar o Estado como um ente respeitoso da lei e dos direitos dos cidadãos”.
Assim, a mentira se tornou ingrediente da vida cotidiana de um povo inteiro. Que essa mesma mentira seja reproduzida entre nós, soa como ameaça de igual perversidade.

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