Mônica Bergamo – O procurador-geral da República, Augusto Aras, estuda dividir a força-tarefa da Lava Jato no Paraná em quatro, terminando com o reinado de Deltan Dallagnol sobre a operação.
Em setembro, Aras tem que decidir se prorroga ou extingue a força-tarefa. A opção, segundo o procurador tem sinalizado a interlocutores, será a de uma terceira via: a da transformação. Seria a forma de, como prega, acabar com o “lavajatismo” e seus “líderes” ou “heróis” sem enterrar a Lava Jato, emprestando maior institucionalidade a ela.
Hoje há um ofício —ou o equivalente a uma vara na Justiça— liderado por Dallagnol que cuida do combate à corrupção. Seriam criados outros três, para atuar na mesma área.
Com isso, Dallagnol deixaria de responder sozinho pela Lava Jato, dividindo a função e o protagonismo com outros colegas. E a operação deixaria de ter “um dono”, como Aras costuma definir o procurador do Paraná. Ficaria mais institucional e menos personalista.
A mesma divisão ocorreria nas forças-tarefa de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O lançamento de um edital para recrutar procuradores que queiram colaborar com as forças-tarefa da Lava Jato, lançado na sexta (25), estaria inserido nesse contexto.
Uma outra ideia é criar um órgão central para coordenar o trabalho das forças-tarefa espalhadas pelo país. A ideia de que procuradores elejam uma lista tríplice para que dela Aras escolha o nome que vai comandar o órgão, no entanto, é rechaçada pelo procurador-geral.
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