BOLSONARO X SERGIO MORO QUEM TEM O RABO DE PALHA NÃO ENCOSTA A BUNDA NO FOGO.

Bolsonaro nomeou Moro, um ministro de que sabia não poder abrir mão, mas abriu, e em circunstância e momento muito ruins. Moro deixa o cargo com declarações que garantirão a ele e a seu ex-chefe um processo judicial, uma CPI e, provavelmente, no caso do presidente, um processo de impeachment. O estrago está feito e parece irrecuperável.

De qualquer forma, Moro precisa deixar claro desde logo o que exatamente o levou a tomar a decisão de demitir-se: a divergência sobre a figura do delegado-geral da polícia federal ou uma interferência efetiva em investigações. Há quebra de promessa em ambas as condutas, mas elas são distintas.

Moro também precisa dizer se a decisão de deixar o governo tem a ver com outros fatos de que tomou ciência recentemente, pois afirmou no final de janeiro que não havia interferência política na PF.

Isso precisa ser feito de uma vez, e não aos poucos, para o bem do país. O que importa é o Brasil.