10/08/2020

‘PGR deve atuar de modo independente de governose governantes’, diz Deltan

Fausto Macedo – Em meio ao mais duro ataque em sete anos de Lava Jato, o coordenador da força-tarefa de procuradores da República, em Curitiba, origem dos processos contra a corrupção na Petrobrás, Deltan Dallagnol cobra do procurador-geral da República independência em relação a “governos e governantes” e que a não esconde segredos, como sugeriu Augusto Aras – atual PGR.

“O procurador-geral da República deve atuar de modo independente do governo e dos governantes.” Em entrevista exclusiva ao Estadão, Dallagnol afirmou que as condutas do procurador-geralda República são “destrutivas” e indicam “visão equivocada sobre o Ministério Público e do seu trabalho na Operação Lava Jato”.

Escolhido em 2019, pelo presidente, Jair Bolsonaro, fora da lista de eleitos pela categoria – a “lista tríplice”, base das últimas nomeações dos antecessores-, Aras iniciou processo de desmonte das forças-tarefas da Lava Jato (de Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo). Até 10 de setembro, ele decide se renova por mais um ano a designação das equipes para os trabalhos. Aras elevou as críticas ao “lavajatismo” – termo pejorativo, sobre o protagonismo e métodos da operação e seus membros – nas últimas semanas, defendeu “correção de rotas” no modelo de combate à corrupção. No início do ano, escalou aliada de confiança para a coordenação do grupo na PGR, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, e tem buscado acesso total às provas armazenadas nos processos das três forças-tarefas. O pedido foi levado aos tribunais.

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