18/02/2016

Moro destrói defesa de Gleisi: “Está comprovado que corrupção da Petrobras abasteceu campanhas”


O juiz federal Sérgio Fernando Moro, responsável na primeira instância da Justiça pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, destroçou a principal tese da defesa de Gleisi Helena Hoffmann(PT-PR), no inquérito que responde no STF (Supremo Tribunal Federal) e nas investigações, em que está envolvida. Os advogados de Gleisi sustentam que não existe comprovação de que propinas com origem na Petrobras financiaram campanhas políticas, entre elas as de Gleisi.

Moro afirma que está “comprovado” que propinas da corrupção na Petrobras abasteceram campanhas políticas por meio de doações oficiais. Grande parte das campanhas da petista – 2006, 2008, 2010 e 2014 – foi financiada por empreiteiras do Petrolão ou com contratos no governo federal.

Gleisi, no entanto, se defende e afirma que todas as doações foram oficiais e dentro da lei. Contudo, no seu despacho ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Moro afirmou que “reputou-se comprovado o direcionamento de propinas acertadas no esquema criminoso da Petrobras para doações eleitorais registradas (na Justiça Eleitoral)”.

Além de doações supostamente legais, mas com possível origem em esquemas de corrupção, Gleisi está sendo investigada pela prática de corrupção e caixa 2. É o caso do inquérito a que a petista responde por corrupção passiva qualificada no STF, no qual é acusada de receber R$ 1 milhão em propina, dinheiro desviado da Petrobras e não declarado na contabilidade de sua campanha em 2010. Apesar dos desmentidos da petista, o repasse do dinheiro foi sustentado nas delações do doleiro Alberto Yousseff e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Delações aprovadas pelo STF.

O inquérito do STF é um dos casos de suspeição das movimentações financeiras nas campanhas de Gleisi Hoffmann. A petista é investigada em mais quatro frentes pela Polícia Federal em decorrência das revelações apuradas pela Lava-Jato e em uma delas por desvio de R$ 7,2 milhões do Ministério do Planejamento, através do escritório do advogado Guilherme Gonçalves. O ex-vereador Alexandre Romano, o “Chambinho”, que entregou o esquema, também assinará acordo de delação premiada e revelará detalhes do desvio do dinheiro.

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