15/08/2015

O fabuloso, incrível, fantástico diálogo Lula-Odebrecht

A íntegra do telefonema é de estarrecer até frade de pedra.
Por Mary Zaidan
A conversa telefônica de 3 minutos e 42 segundos entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Alexandrino Alencar, dias antes de o executivo da Odebrecht ser preso pela Operação Lava-Jato, não pode ser tida como delito. Mas é assustadora.
Além da intimidade no trato – Lula chama Alexandrino de “irmão” -, a conversa, divulgada nesta sexta-feira pelo portal do Estadão, revela a absurda ascendência do ex sobre o economista Delfim Neto, ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento do regime militar, com quem Lula diz ter falado. Ele explica que Delfim publicaria um artigo no Valor “dando o cacete”. O artigo foi publicado e repercutiu com força no também enrolado site Brasil247, sob o título Delfim defende BNDES e critica vira-latismo.
Alexandrino elogia a nota divulgada pelo Instituto Lula questionando métodos “arbitrários” do Ministério Público, que também mereceu loas de Emílio, chefe do clã Odebrecht. Antes de desligar, conta a Lula que tinha combinado com Paulo [Okamoto] uma conversa para alinhar o discurso – “acertar o posicionamento nosso junto com o de vocês”.
Quatro dias depois, Alexandrino foi preso e continua encarcerado. Não se sabe se a reunião para acertar o discurso chegou a ser realizada. Mas dá para imaginar quais os motivos que levariam à necessidade de um posicionamento conjunto.
Alexandrino operava na direção de não deixar rastros. A manutenção de sua prisão é prova disso. E Lula….

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