08/04/2015

Para Toffoli, doleiro Youssef é confiável

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O ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira o pedido do empreiteiro Erton Medeiros, diretor da divisão de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia, para anular o acordo de delação premiada do doleiro Alberto Youssef, um dos principais colaboradores da Justiça na Operação Lava Jato.
A defesa alegava, com base em um parecer do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, que as informações e provas apresentadas por Youssef seriam inválidas porque o acordo foi celebrado com alguém com “personalidade reconhecidamente voltada ao crime”.
Uma das teses dos advogados era a de que o próprio Youssef descumpriu um acordo de delação que fechou com o Ministério Público em 2003, no âmbito das investigações do caso Banestado, porque teria continuado a cometer crimes e omitido informações relevantes para as investigações, como a prática de crimes envolvendo o ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010.
A defesa do dirigente da Galvão Engenharia explorava ainda decisões da Justiça Federal do Paraná que haviam classificado o doleiro como um “criminoso profissional”.
“O próprio Estado-acusador havia reconhecido que o delator seria um criminoso profissional há no mínimo 20 anos, que já desrespeitou um acordo anterior. Portanto, de que forma seria ele digno de confiança estatal e, portanto, dotado de pressuposto inerente à condição de delator?”, questionam os advogados do empreiteiro.
O ministro Toffoli entendeu que sim, que Yousseff é confiável e o que ele confessou deve ser levado ao pé da letra.

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