27/02/2014

E agora Gleisi? PIB do Paraná é de 5%

Mesmo com as tentativas de estrangular os investimentos no Estado, travando mais R$ 4 bilhões em financiamentos, o PIB do Paraná cresceu 5% em 2013, segundo o Ipardes. A expansão é mais que o dobro do que os 2,3% registrados pela economia nacional calculados pelo IBGE. “O Paraná cresce bem acima da média nacional e os financiamentos pleiteados, na sua maioria, são para obras de infraestrutura que vão superar gargalos em setores e regiões importantes para a circulação de bens e da produção do Estado”, disse o governador Beto Richa (PSDB).
Sem a discriminação sistemática, segundo Richa, o Estado pode avançar ainda mais no patamar do seus crescimento. “É um ciclo virtuoso da nossa economia que se traduz em mais de R$ 30 bilhões em investimentos privados – isso nunca aconteceu na história do Paraná – que vão criar mais de 150 mil empregos. É dinheiro, é renda, é acesso à uma boa educação, é riqueza, é qualidade de vida aos paranaenses”, completou.
Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, do Ipardes, apesar das interferências negativas do ambiente nacional, a evolução do PIB paranaense foi assegurado por fortes diferenciais. Entre eles, a recuperação dos níveis de renda do agronegócio, os investimentos industriais e a vitalidade do mercado de trabalho – tendência vigente desde o início do governo Richa e marcada pelo maior dinamismo econômico. De 2011 a 2013, a taxa de crescimento médio anual do PIB estadual alcançou 4,2%, ante 2% do PIB brasileiro.
O crescimento é atestado por pesquisas como o IBGE e dos ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.“Mesmo com a continuidade do cenário macroeconômico pouco propício, a expansão da economia paranaense deve prosseguir em 2014, como reflexo dos alicerces mais sólidos das atividades produtivas do Estado, reforçados pelos programas e do governo estadual”, disse Castro.
AGRICULTURA E INDÚSTRIA – Em 2013, o Estado colheu uma safra recorde de verão, que suplantou 23 milhões de toneladas, com acréscimo de 31% em relação ao ano anterior. Foram destaques a produção de soja (46% maior que em 2012) e milho (8%). No geral, considerando também a safra de inverno, o volume de grãos produzido no Estado superou a marca de 36 milhões de toneladas: 17,7% a mais que em 2012, a despeito dos prejuízos provocados pelas geadas no mês de julho.
Na indústria, a produção mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, apresentou crescimento de 5,6% em 2013, contra incremento de apenas 1,2% em nível nacional. Esse desempenho foi o segundo melhor entre os Estados, atrás apenas do Rio Grande do Sul (6,8%). Merecem destaque os ramos de veículos automotores (com crescimento de 18,3%), máquinas e equipamentos (13,7%) e produtos químicos (4,4%).
Em relação ao comércio exterior paranaense, foi registrado aumento de 3% das exportações em dólares em 2013. O aumento se deveu ao desempenho dos complexos soja, carnes e automotivo. As importações declinaram em 0,2%. No País, houve recuo das vendas externas e considerável aumento nas importações.
No que se refere ao comércio interno, as vendas reais do varejo paranaense registraram ampliação de 7% no ano passado, frente acréscimo nacional de 3,6%. No Estado, a expansão foi puxada pelos ramos de combustíveis (11,9%), veículos (7,2%), produtos farmacêuticos e de perfumaria (11%), eletrodomésticos (10,2%), material de construção (9,5%), artigos de utilização doméstica (9,1%) e livros, jornais e revistas (8,6%).
MERCADO DE TRABALHO – Está entre os fatores do crescimento do Paraná, também, o aquecimento do mercado de trabalho. Segundo o IBGE, o efetivo de mão de obra da indústria do Paraná cresceu ininterruptamente por 41 meses, entre março de 2010 e julho de 2013, contra queda de 24 meses seguidos do País, até setembro de 2013. Mesmo com os declínios de 0,9% e 1,1% registrados em agosto e setembro, o emprego fabril paranaense variou 0,08% no período janeiro-dezembro de 2013. No Brasil houve recuo de 1,1%. O desempenho do Paraná foi o segundo melhor do Brasil, atras de Santa Catarina (0,9%). Aliás, somente Santa Catarina e Paraná exibiram ampliação no contingente de mão de obra utilizado pela indústria em 2013.
Estatísticas do Ministério do Trabalho mostram que o Paraná foi o terceiro maior gerador de ocupações com carteira assinada no território brasileiro em 2013, respondendo por 8,1% das vagas líquidas abertas, ficando atrás somente de São Paulo (24%) e Rio de Janeiro (9%), estados com dimensão demográfica muito superior.
O interior do Estado ficou com 80% dos postos formais criados em 2013. “Ressalte-se que o aumento da participação do pessoal ocupado com carteira assinada no interior vem acontecendo concomitante à preservação do baixo desemprego na Região Metropolitana de Curitiba, que ostenta os menores patamares de desocupação e os níveis mais elevados de rendimento por trabalhador, quando comparada com outras seis regiões metropolitanas brasileiras”, lembra o economista do Ipardes.

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