17/07/2013

Mercadante ataca médicos brasileiros para justificar importação


Acabo de ouvir uma bobagem dita pelo poderosíssimo ministro de Educação, Aloisio Mercadante. Diz que o Brasil precisa de “médico especialista em ser humano”. Soa a deboche. Vamos lá, minha gente, é evidente a intenção do governo de desqualificar nossos médicos e nossa medicina para justificar a “importação” de médicos estrangeiros. Entre os nossos certamente há profissionais sem qualidade e de comportamento não compatível com a profissão, como há no resto do planeta, abaixo e acima do Equador. Eu não os conheço. Os meus médicos têm a formação que corresponde ao juramento de Hipócrates ou ao trecho de Pedro Nava em que ele descreve sua dedicação à medicina.
Pois, pois, tomar a exceção pela regra não é honesto. Se há médicos que não merecem respeito, aí está um problema que não se resolve trazendo médicos que não passarão nem mesmo pelo exame de validação do diploma. Isso se resolve com mais verbas para a saúde, mais verbas para equipar hospitais e postos na periferia das grandes cidades até os lugares mais longínquos do país. E com uma carreira decente para médicos de dedicação integral à saúde pública. Sem esquecer de fechar todas as faculdades de medicina que não têm condições de ensinar.
Dizer que precisamos “de uma medicina para seres humanos” é patético. Uma tentativa de sensibilizar a população carente e colocá-la contra os médicos, o que, para mim, além de tudo, é criminoso. Logo vai aparecer alguém para perguntar de onde virá o dinheiro para a Saúde. Hoje, até os ginasianos sabem que o dinheiro que não vai para a saúde é o que custeia uma máquina de 39 ministérios, é o que financia as aventuras do Eike Batista, é o que sai pelo ralo da corrupção. Quem está nessa não tem o direito de culpar os médicos e a medicina do Brasil pelas insuficiências do sistema. Soa a deboche.
NADA QUE É OBRIGATÓRIO É BOM, INCLUSIVE O MERCANDANTE
Serviço civil obrigatório para os médicos? Ora, este país vai mal, entre outras, por conta das obrigatoriedades. Pois, pois, quero declarar que sou contra tudo o que é obrigatório. Voto obrigatório, serviço militar obrigatório, regime escolar obrigatório. E ponha no topo da lista o que nos impingem de impostos obrigatórios. Basta. Quanto menos Estado a interferir em nossas vidas, melhor seremos como povo, Nação. Estado deve cuidar apenas do essencial. Segurança Pública, para começar.

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